Nos
dias 17 a 20 de abril aconteceu na Diocese de Óbidos, no Centro de Formação Dom
Floriano, o encontro promovido pela Cáritas Diocesana em parceria com a Caritas
do Regional, sob a coordenação de Maria José Pinheiro de Jesus, coordenadora do
Projeto de Ação e Proteção de Crianças: Enfrentamento ao Abuso e a Exploração Sexual
de Crianças e Adolescentes.
O
objetivo deste evento é “Subsidiar a construção de ações de enfrentamento a
violência e a exploração sexual de crianças e adolescentes, e o tráfico de
seres humanos na Diocese de Óbidos”.
Participaram
do encontro 25 pessoas, a maioria lideres da Pastoral da Criança das Paróquias da
Diocese. Estava presente Ir. Iardete Pereira do Amaral representando a
Secretaria de Assistência Social de Juruti, Maria José Rebolças representado o CREAS
de Óbidos, Carla Micélia Santos membro da SEMED, Alcinei França representante
do Conselho Tutelar e a Profª. Edilza Santos de Souza representando a Escola Frei
Edmundo e Jair Garcia representando o Projeto Cultura pela Paz.
A
assessoria foi realizada por Ir. Henriqueta Cavalcante, coordenadora da
Comissão da Justiça e Paz do Regional Norte2, e Lindomar Silva, coordenador da
Cáritas do Regional Norte2.
Ir.
Henriqueta, em sua colocação, diz que embora o abuso e a exploração sejam uma
violência contra as crianças e os adolescentes eles têm características diferentes.
A exploração acontece quando a criança é usada sexualmente para fins lucrativos
pelas redes de exploração. O abuso é o uso inadequado, isto é, quando forçam a
criança ou o adolescente a praticar o ato sexual.
Combater
a exploração sexual é muito difícil porque os chefes das redes que exploram o
sexo têm perfis muito variados, entre os quais políticos, empresários,
taxistas, moto taxistas, donos de hotéis e até mesmo Conselheiros Tutelares,
pessoas que tem a missão de defender as crianças e adolescentes.
Ir.
Henriqueta, no entanto, estimula os participantes do encontro dizendo que o
evento de Óbidos tem por objetivo esclarecer o assunto em relevância, como se
caracteriza essa violência, pois muitas vezes as pessoas se tornam vítimas porque
não conhecem a dinâmica da exploração infanto-juvenil.
Vale
lembrar que a informação é muito importante tanto para se evitar que se cai nas
redes de exploração, quanto evitar os abusos sexuais que acontecem na maioria
das vezes, dentro de casa. Quando acontecer as pessoas precisam saber como
denunciar visto que esse é um fato muito difícil de lidar porque vítimas e
agressor convivem juntos e este a ameaça.
É
importante discutir o assunto em qualquer ambiente seja nos âmbitos da Igreja,
das escolas, na catequese onde for possível. E ficar atento no agir das
crianças e adolescentes que sofrem esse abuso, isso porque eles mudam seu
comportamento, há uma crise existencial muito grande em quem sofre tais
violências. A vítima não suportará por muito tempo, e, em qualquer momento, ela
jogará para fora a sua dor.
A
impunidade no Estado do Pará é muito grande, mas encontros como esse são muito
importantes, isso nos dá esperança de que esses gemidos de sofrimento serão
ouvidos por termos pessoas cada vez mais conscientes abraçando a causa.
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