A Nobreza e a Pobreza da Comunicação


Nada supera a arte dos poetas nem a força da comunicação segredada na poesia e que atinge o coração humano.
Certamente você já observou a disseminação de celulares, de máquinas fotográficas digitais, tablets, Smartphones, não falta exposição até exibicionista desses Meios de Comunicação. Mas, há uma necessidade essencial: a de comunicar-se.
A comunicação é uma condição humana indispensável. Sem ela não há laços verdadeiramente humanos, porque fomos feitos para o profundo relacionamento de uns para com os outros. Não somos ilhas isoladas nem estrelas impossíveis de alcançar.
O desenvolvimento tecnológico dos Meios de Comunicação rompeu todas as barreiras ou limites entre pessoas. Do aconchego do seu quarto você pode conversar com outra pessoa a milhares de quilômetros.
Há em toda essa realidade uma grandeza e também uma pequenez.  Grandeza por que posso me comunicar com alguém independente da distância. Pequenez por que posso usar esses mesmos Meios para motivos escusos, que não edificam nem me constroem como pessoa, como criatura de Deus.
A facilidade de tais Meios de comunicação pode nos fazer grandes ou pequenos, nobres ou “pobres”; pois depende de como eu me coloco diante deles e como os uso.
Os critérios de uso dos meios de comunicação que estão ao nosso alcance devem, portanto, passar pela minha consciência, que formada pelos critérios dos valores do Evangelho, me dará a distinção certa, o rumo certo, o modo certo de bem aproveitá-los. Dentro desta perspectiva do Evangelho, a comunicação é uma experiência humana fundamental. Deus se comunicou conosco por meio de seu Filho Jesus Cristo e, portanto, abriu-nos para o diálogo, para a paz e para o bem comum. Banalizar tais meios, é não usarmos bem, e negar essa grande possibilidade que nos aponta o evangelho.
Mais há algo importante que não pode ficar aqui esquecido: é a comunicação da presença. Nada vem substituir a minha presença junto da pessoa com quem me comunico. O olhar, o aperto de mão, os gestos fraternos e amistosos, a sinceridade das palavras não podem ser substituídos, por melhor que seja o Meio de comunicação. Ali está uma pessoa que fala, que olha, que gesticula e está presente. É diferente, é pessoal, ausência de impessoal.
Essa rica experiência humana não pode ficar perdida. É preciso voltar para o encontro pessoal com aqueles que gostamos, que amamos, e seja qual for a situação existência: saúde, alegria, tristeza, morte...eu estou ali! Será que a desenfreada busca, muitas vezes, das novidades tecnológicas não é sinal de que nos está faltando o essencial? A cor, o calor, a expressão, a delicadeza do gesto terno sincero, a presença o olhar penetrante... nenhuma máquina substitui, por melhor que seja. É preciso redescobrir a comunicação da presença, da pertença do comprometimento que conduz a verdadeira liberdade: construir o ser humano e educá-lo para a liberdade.
Não somos ilhas isoladas nem estrelas difíceis de alcançar.

Pe. Fernandinho Mancilio, C. Ss. R.
Fonte: Revista Aparecida

PASCOM     


   

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