Câmara municipal de Óbidos abre sessão em prol a vitimas da enchente.

A Câmara Municipal de Óbidos realizou no dia 16 de maio, uma seção especial em prol às vitima da enchente. Óbidos é uma das cidades do Baixo amazonas que já declarou estado de calamidade Pública.

A sessão foi um pedido de vários movimentos da cidade e do interior do município, entre eles: Casa Familiar Rural, Associação dos pescadores (as), Associação dos Artesões de Óbidos e Curuá, Pastoral Social e Movimento dos Quilombolas do Muratubinha, Igarapé-Açú e Mondongo e Paróquia de Óbidos.

A sessão foi aberta com a presença dos vereadores José Barbosa (presidente), José Carlos Souza, Nivaldo Pereira, Francisco Aquino, Roney Brelaz e Izomar Barros e os relatores dos afetados pelas águas foram: Pe. José Paulo Cardoso, Pároco de Óbidos, Raimundo Ramos das Silva (Presidente dos Quilombolas) e Josama Serrão (Presidente dos Pescadores (as).

Os representantes dos afetados pelas enchentes solicitaram ações concretas para amenizar o sofrimento dos ribeirinhos tais como: solicitar da Capitania dos Desportos uma medida para que as embarcações reduzam a velocidade quando passarem pelas áreas das comunidades ou que não se aproximem das margens do rio para que as ondas não causem mais impacto sobre suas casas.

Que a Defesa Civil, tenha ações mais concretas. Além de tirar fotos, é necessário que faça um trabalho de prevenção para não agir apenas quando o problema já está prejudicando o povo.

Foi lembrado que para realizar o carnaval em Óbidos existem grandes investimentos e muitos políticos nessa hora aparecem para apadrinhar os blocos e o evento como todo. Onde estão eles agora quando o povo mais precisa? Onde se encontram neste momento em que muitas pessoas correm risco de morte?

“A enchente é um processo natural, a morte também, quando adoecemos procuramos o médico para sermos socorridos e porque não fazer o mesmo no casa das enchentes”, concluiu o Sr. Raimundo em sua fala.

Pe. José Paulo manifestou a sua solidariedade com os afetados pelas águas e disse ainda que esse fenômeno tende a ser constante devido os impactos da ação humana sobre a natureza, mas isso não é desculpa para se permanecer de braços cruzados, é necessário fazer algo. A Igreja entende que a solução deve ser proposta pelo Estado e que a Igreja não quer tirar esse direito, mas quer somar a ele na busca de soluções.

Os vereadores presentes fizeram suas colocações e acataram as reivindicações do povo. Decidiu-se formar uma comissão com representações de vários movimentos para apresentar à Capitania dos Portos em Santarém medidas que os ajude a solucionar o problema das embarcações que trafegam sem um mínimo de respeito pelo problema dos ribeirinhos. Outra proposta foi de criar um fundo de assistência a esses tipos de calamidades públicas dentro do orçamento municipal.

PASCOM